sábado, 29 de outubro de 2011

32.A LUZ DO DIA



A chuva que molha a terra
Regando a plantação
É a mesma chuva
Que arrasa as ruas
Arrancando nossas calçadas...


A chuva que abastece os rios
Fertilizando nossos campos
É a mesma  chuva que devasta
Destruindo os remansos...

O homem que  dá a vida
Criando as gerações
É o mesmo homem que  aborta o feto
Renegando sua cria...


A mão que afaga  
Acalmando nosso pranto...

É a mesma mão que espanca
Ferindo as relações...


Se, de todas as historias
Temos as duas versões...


A natureza também
Nos  espelha
Com suas  imprevisões...


Se faz sol
Ou se faz chuva...


Faz vento
Ou calmaria...


Depois  do escuro breu
Ressurge a luz do dia...

Albertina Chraim

Um comentário:

  1. Querida Albertina
    Fico alegre (uma alegria Barthesiana), em ver seus escritos "se dando a ver-ler). Parabéns!
    Um abraço, com todo meu carinho e admiração, Rosi.

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