sexta-feira, 28 de outubro de 2011

26. MISTERIO



Suave como a brisa
Instigante com seu mistério...


Na leveza de teu olhar
Em momentos me desespero...


Não sei o que escuto
Com teu profundo silêncio...


Imagino que por questões de segundos
Ouço os barulhos de teus tormentos...


A me fitar a todo instante
Como se fosse um amargo veneno...


A me espreitar
Por entre as frestas
Cutucando meus movimentos...


Persegues-me sem fazer volume
Vigiando meus pensamentos...


Mas não te enganes,
Pois de todas as minhas histórias...


Há informações
Que guardo a sete chaves
Que nem a mim mesma eu conto...


São parte de mim que escondo
De teu instigante mistério...


Pois o que há em mim
Está guardado
Nas gavetas do passado...



Pois se um dia vem luz
No outro vem o sereno...


Na penumbra da noite
A espalhar seu silencio...


Como o escuro da noite
A propagar seu mistério
Com  seu doce Veneno.

Albertina Chraim

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