sexta-feira, 28 de outubro de 2011

25.JANELAS



Já nelas vejo a saudade
Pelas vidraças empoeiradas
Risco teu vidro com o orvalho 
Com sabor da madrugada...

Já nelas retrato a vida
Peregrina como andarilho
Vejo por entre teus vidros
Os anos passados perdidos...

Já nelas vejo o tempo
A passar como atrevido
Gargalhando de um coração
Por ter um amor escondido...

Já nelas espreito a vida
A passar sorrateira
Como quem anda enrolada
Como pião e fieira...

Janelas refletem as tramas 
Das interfaces da vida
Janelas que abrem e fecham
Cicatrizando as feridas...

Janelas que brindam o sol
A raiar pelas vidraças
Refletindo nos corações 
Vendo o amor com mais graça...

Albertina Chraim

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