sábado, 23 de junho de 2012

135. AMOR-INOCENCIA



Espero que tu chegues
Como teu belo alazão,
Galopando em trotes elegantes
Conquistando meu coração...

Espero que tragas contigo
As boas novas da vida
Que guardas a sete chaves
Dentro de tua mochila...

Espero   encontrar  em ti
Com  meus olhos de menina
Aquele coração  apaixonado
Que por um acaso essa vida
Levou para longe de mim...

Não demores a chegar
Com teu belo alazão
Traga logo contigo
A chave de meu coração...

Vamos   ainda nessa vida
Relembrar nossa infância,
Quando fazíamos juras
De amor de criança...

Assim abraçaremos,
O  que nos resta da vida
Retomando os instantes
Da fase  inocente da vida...

Albertina Chraim

quarta-feira, 13 de junho de 2012

134. O ANDARILHO



Viajando pelo tempo,
À busca de aventuras,
Encontrou nos quatro cantos
Diferentes criaturas...

Em cada canto que apeava,
E estendia sua mão,
Deparou-se com  falsos amores
Que iludiram seu coração...

Viajou  assim por muito tempo
Sem entender a razão,
Em cada canto que chegava, 
Conhecia a ilusão...

E  em busca de carinho,
Amarrou seu coração,
Na alma de um amor bandido
Que lhe apresentou a solidão...

Com os olhos ainda descrentes
De que o amor a ele cabia,
Seguiu viajando por  outros cantos
A busca de um amor...

Mergulhou nas ribeiras,
Escalou as ribanceiras,
Nas planícies,
De norte ao sul...

Catando  por onde andava
Um pouco de esperança...

Mas um dia ao passar
Numa dessas esquinas
Encontrou um grande amor
Que lhe deu sentido a vida...

Entregou-se a tal  amor
De um Ser apaixonado
Sentindo sua alma de homem enamorado...

E assim anos se foram,
A amar-se a todo instante...

Mas!
Como tudo que é bom,
A vida lhe foi breve,
E  levou a sua amante...

Foi embora essa rotina,
De amar aquela menina
Que nos dias mais felizes
Faziam juros de viver o amor eterno...

E assim mais uma vez,
Viajou por esse mundo!

Nunca mais se ouvir falar daquele homem
Que em nome de um grande amor
Pegou a estrada,
Meio a falta de rumo...

Albertina Chraim

sábado, 2 de junho de 2012

133. HORIZONTES


Ponto Máximo,
Que o olhar consegue alcançar...
Finda a razão humana
Poe o homem a imaginar...
Funde-se com o verde das montanhas,
Cruza o azul alem do mar...
Extensão da vida onde com a razão , 
Minhas mãos não poderão alcançar...

Albertina Chraim

132. SENTIDO


Sem tido tempo pra vida
O homem se põe a pensar
Mal inicia sua historia
Quando aprende a chorar...

Sem tido tempo pra vida
O homem se põe a pensar
Quando em tempos de insatisfação
Colocava-se por pouco a reclamar...

Sem tido tempo pra vida
Do tempo que a vida lhe da
O homem então se senta no tempo
A tempo de repensar...

Sentindo o vento da face
Qual brisa a lhe saudar
O homem retoma o tempo
Em que aprendia a caminhar...

Sentindo os passos ainda trôpegos
Com suas marcas pisando ao chão
Enquanto escrevia sua historia
O homem aprendeu a lição...

Não via mais sentido
Dos choros e suas implicâncias
Nem os tombos, mais lhe doía
Apenas sentia a distancia
Dos tempos de sua infância...

E assim começou a fazer sentido
Que tudo que havia sentido
Pois mesmo sem tido tempo
Pra vida
A vida lhe tinha sentido.

A.Chraim