Quantas
paredes erguidas
Sob a comunheira
de tua casa…
Quantas
molduras congelaram
Tuas vidas
retratadas...
Quantas
trilhas esquecidas
Nesta
tua longa jornada...
Quantas
palavras engolidas
Que
mesmo em silencio foram profanadas...
Quantos
suspiros sentidos
Vindo de
um coração abandonado...
Quanto
tempo perdido
Muitas
vezes, para nada...
Quantos
sorrisos enrustidos
Deram abrigo para a invernada...
Mas o
tempo foi passando
E as
horas transformadas...
E nos
alicerces de tua casa
O amor
se fez morada...
Nos
porta retratos
As lembranças
foram visitadas...
E as
palavras jogadas ao vento
Foram recolhidas...
Os
suspiros de lamentos
Fizeram-se
juramento...
E nas
trilhas que pisastes
Refizesses
em pensamento...
E o
tempo que juravas perdido
Fizeram-se
testamento...
E o
sorriso se fez presente
Dando sentido
para seu firmamento.
Albertina Chraim