quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

240.CHÁO


Pisamos o chão
Bem onde tantas trilhas nos marcam...

Pavimentando nossas estradas
Com pegadas ao alcance de nossos corações...

Sentimos o vento forte, 
Abraçando as construções...

Edificadas em alicerces 
Revestidas de solidão...

São minutos rebocados,
Nos tijolos da ilusão...

Surgimos assim, 
Como grandes arranha-céus
Assentados em terrenos em erosão...

E do alto deste edifício,
Em eterna construção,
Avistamos os horizontes
Tão distantes da razão...

Em pequenos latifúndios
Arenosos movediços,
Nem rasos, nem profundos...

E quando em tremores a terra se move
Encontra-nos submissos, 
Nos braços da ilusão... 

E logo em seguida,
Vem a realidade, enciumada 
Roubando nossos devaneios...

E no assoalhado piso frio 
Arranca-nos aqueles segundos...

Acordando-nos para a vida
Voltando nossos pés ao chão.

Albertina Chraim

Nenhum comentário:

Postar um comentário