POEMA SEM BEIRA
E das pedras atiradas,
Ergueram-se as muretas
Alcançando novos destinos...
Naquele mirante,
Avistaram terras distantes,
E em questão de segundos,
Arranha-céus tornaram-se gigantes...
No lodaçal,
Os tropeços...
Entre as subidas e as decidas.
Cambaleantes foram as histórias,
Traçadas sem sentido,
À própria vida...
Foram retas,
Diante de tantas curvas,
Quando claras,
E não turvas...
Quando vaidosos,
Disfarçaram-se de ventanias,
Destruindo-se no percurso da idade...
Sobrando-lhes,
Apenas a fantasia...
O que entendiam por destino,
Incerto lhes pareceu...
Projetado,
A cada segundo,
Consumiu-se em escombros,
Restando-lhes apenas a memória...
O que ficou de verdades,
Mesmo que fora dos contextos
Foi somente aquilo que jamais será dito...
Com o silêncio,
Tecido nos emaranhados da maldade,
Cobriram-se de santos em seus leitos.
Como quem a redimir-se
Pela própria vaidade.
Albertina Chraim
Escrevo textos em forma de poesias, que contam história minhas ou histórias suas que me provocam a escrita. Escrevo hoje, simplesmente pelo prazer de poder reler no outro dia. Por isso, apenas verso.
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
domingo, 12 de abril de 2015
274. JANELAS DA VIDA
JANELAS DA VIDA
Nas janelas da vida
A espreitar o universo
Miro-me no mundo...
Entre os arranha-céus das cidades,
Nas vastidões dos vales,
Na calmaria das serras,
Nas águas dos oceanos,
Ou nas profundezas dos mares...
Nas intenções dos homens,
No sorriso das crianças,
Nas sutilezas das mulheres,
Nas mãos do ancião,
Ou nas mesas dos bares...
No verão escaldante,
Nos outonos da vida,
Nas primaveras dos amores,
No inverno das idades...
Miro-me em todos os lugares,
A saborear-me do real...
E lá, onde minhas vistas não mais alcançam,
Reservo para o que sobrou
De minhas vaidades.
Albertina Chraim
Nas janelas da vida
A espreitar o universo
Miro-me no mundo...
Entre os arranha-céus das cidades,
Nas vastidões dos vales,
Na calmaria das serras,
Nas águas dos oceanos,
Ou nas profundezas dos mares...
Nas intenções dos homens,
No sorriso das crianças,
Nas sutilezas das mulheres,
Nas mãos do ancião,
Ou nas mesas dos bares...
No verão escaldante,
Nos outonos da vida,
Nas primaveras dos amores,
No inverno das idades...
Miro-me em todos os lugares,
A saborear-me do real...
E lá, onde minhas vistas não mais alcançam,
Reservo para o que sobrou
De minhas vaidades.
Albertina Chraim
terça-feira, 31 de março de 2015
273. A MEMÓRIA
Invento um tempo,
Um tempo em que havia tempo...
Um tempo em que havia tempo...
E o tempo que invento,
É como se nunca houvesse
O tempo...
É como se nunca houvesse
O tempo...
Relembro histórias
E nas histórias que relembro
É como se nunca houvesse estória...
E nas histórias que relembro
É como se nunca houvesse estória...
Acordo como se tivesse sonhado,
E dos sonhos que suponho,
É como se nunca tivesse acordado...
E dos sonhos que suponho,
É como se nunca tivesse acordado...
Não sei se existiu,
Ou se foi apenas ilusório...
Ou se foi apenas ilusório...
Por isso,
Invento histórias,
Inventando o tempo...
Invento histórias,
Inventando o tempo...
Para que não me apaguem
A memória...
A memória...
Alimento o presente
Com fragmentos do passado...
Com fragmentos do passado...
Sigo inventando o tempo,
Ou contando histórias...
Ou contando histórias...
Vivêncio em sonhos,
Aquilo que desejei nunca ter acordado.
Aquilo que desejei nunca ter acordado.
Albertina Albertina De Mattos Chraim
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