domingo, 12 de abril de 2015

274. JANELAS DA VIDA

JANELAS DA VIDA

Nas janelas da vida
A espreitar o universo
Miro-me no mundo...

Entre os arranha-céus das cidades,
Nas vastidões dos vales,
Na calmaria das serras,
Nas águas dos oceanos,
Ou nas profundezas dos mares...

Nas intenções dos homens,
No sorriso das crianças,
Nas sutilezas das mulheres,
Nas mãos do ancião,
Ou nas mesas dos bares...

No verão escaldante,
Nos outonos da vida,
Nas primaveras dos amores,
No inverno das idades...

Miro-me em todos os lugares,
A saborear-me do real...

E lá, onde minhas vistas não mais alcançam,
Reservo para o que sobrou
De minhas vaidades.

Albertina Chraim

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