quinta-feira, 26 de novembro de 2015

275. POEMA SEM BEIRA

POEMA SEM BEIRA

E das pedras atiradas, 
Ergueram-se as muretas 
Alcançando novos destinos...

Naquele mirante,
Avistaram terras distantes,
E em questão de segundos,
Arranha-céus tornaram-se gigantes...

No lodaçal,
Os tropeços...

Entre as subidas e as decidas.
Cambaleantes foram as histórias,
Traçadas sem sentido,
À própria vida...

Foram retas,
Diante de tantas curvas,
Quando claras,
E não turvas...

Quando vaidosos,
Disfarçaram-se de ventanias,
Destruindo-se no percurso da idade...

Sobrando-lhes,
Apenas a fantasia...

O que entendiam por destino,
Incerto lhes pareceu...

Projetado,
A cada segundo,
Consumiu-se em escombros,
Restando-lhes apenas a memória...

O que ficou de verdades,
Mesmo que fora dos contextos
Foi somente aquilo que jamais será dito...

Com o silêncio,
Tecido nos emaranhados da maldade,

Cobriram-se de santos em seus leitos.
Como quem a redimir-se
Pela própria vaidade.

Albertina Chraim

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