POEMA SEM BEIRA
E das pedras atiradas,
Ergueram-se as muretas
Alcançando novos destinos...
Naquele mirante,
Avistaram terras distantes,
E em questão de segundos,
Arranha-céus tornaram-se gigantes...
No lodaçal,
Os tropeços...
Entre as subidas e as decidas.
Cambaleantes foram as histórias,
Traçadas sem sentido,
À própria vida...
Foram retas,
Diante de tantas curvas,
Quando claras,
E não turvas...
Quando vaidosos,
Disfarçaram-se de ventanias,
Destruindo-se no percurso da idade...
Sobrando-lhes,
Apenas a fantasia...
O que entendiam por destino,
Incerto lhes pareceu...
Projetado,
A cada segundo,
Consumiu-se em escombros,
Restando-lhes apenas a memória...
O que ficou de verdades,
Mesmo que fora dos contextos
Foi somente aquilo que jamais será dito...
Com o silêncio,
Tecido nos emaranhados da maldade,
Cobriram-se de santos em seus leitos.
Como quem a redimir-se
Pela própria vaidade.
Albertina Chraim
Nenhum comentário:
Postar um comentário