domingo, 29 de abril de 2012

124.A PRAÇA DAS FLORES



Decoras a vida
Entregando tantas flores,
Entre arranjos e acordes
Nos aromas das variadas cores...

Da elegância das rosas
Do singelo das flores do campo,
Dos lírios e das camélias...

Da imagem dos objetos,
Do poema e da melodia,
Em cada arranjo que arranjas
Exalas entre as pétalas
Pitadas de poesia...

E como poeta das flores,
Composição de sensibilidade
Encantas o ambiente
Tal qual trovador de todas as idades...

Das madrugadas e dos altares,
Nos versos dos reversos,
Dos jogos das cores,
Em cada espaço que decoras
Plantas um jardim de ficções...

E a ficção da natureza,
Entre o real e a beleza,
Transportas para os momentos
Encantamento e leveza...

É  no carisma de tua arte,
Que cultivas nos laços da união
De tantos amores,
A florista que habita
Na tua praça das flores.

Albertina Chraim

sexta-feira, 27 de abril de 2012

123.MANOEL DE BARROS



Manoel,
Não é só de Barro’s’
É homem das letras...

Traça nas palavras
A infancia de sua vida...

Debocha com o tempo
Marcando sua passagem
Em registros fantasias...

Manoel,
Não é só de Barro’s’
É homem das imagens
As transforma em letras
Com sua rebeldia...

Irreverente,
Contumaz,
Grava no templo da escrita
Os verbetes da linguagem...

Manoel.
Não é só de Barro’s’
É homem de carne e osso...

Transborda em suas veias
O dom das palavras...

Manoel não é de Barro's'
É homem tinhoso....

Pelas bordas de seus versos
Nos enche de poesia...

Nos noventa ainda as inventa
Como se parisse  delas
Suas crias...

Albertina Chraim

quinta-feira, 26 de abril de 2012



122.NA BUSCA DE MIM MESMA

Ao discutir o que de mim escuto
Desconheço-me de mim mesma...

Controverto meus pensamentos
E me encontro na solidão...

No isolamento de tantas preces
Oro por minha redenção...

Viajo aos quatro cantos
Voando em busca de mim mesma...

Encontro-me com tantos Eus
Seguindo em várias direções...

Proprietária de meus defeitos
Nesta busca incessante
Encontro-me com vários sujeitos.

Albertina Chraim