terça-feira, 31 de março de 2015

273. A MEMÓRIA

Invento um tempo,
Um tempo em que havia tempo...
E o tempo que invento,
É como se nunca houvesse
O tempo...
Relembro histórias
E nas histórias que relembro
É como se nunca houvesse estória...
Acordo como se tivesse sonhado,
E dos sonhos que suponho,
É como se nunca tivesse acordado...
Não sei se existiu,
Ou se foi apenas ilusório...
Por isso,
Invento histórias,
Inventando o tempo...
Para que não me apaguem
A memória...
Alimento o presente
Com fragmentos do passado...
Sigo inventando o tempo,
Ou contando histórias...
Vivêncio em sonhos,
Aquilo que desejei nunca ter acordado.

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