Como vela derretida
Nos candelabros da vila...
Nos candelabros da vila...
Tal qual um campanário
Vou tocando os sinos
Vou tocando os sinos
Como quem ainda pagã
Vou rezar no santuário...
Vou rezar no santuário...
Não sei se vai ser curta,
Ou se alonga minha jornada...
Com suavidades ou penitencias
Com suavidades ou penitencias
Vou deixando o meu legado...
Com as mãos mesmo pequenas
Com as mãos mesmo pequenas
Segurando a minha cruz,
Vou vivendo cada instante
Vou vivendo cada instante
Na busca de um caminho de luz...
Como grande forasteira,
A viajar por esse mundo
Encontrei um grande amor
Para dividir o encantamento...
Para dividir o encantamento...
Vou obrando a minha obra,
E no meio do romance
Com a paixão já arrefecendo
Aprendi a diferencia
Do que é amor,
Aprendi a diferencia
Do que é amor,
Do que é paixão...
E assim, vou consumindo cada segundo
E assim, vou consumindo cada segundo
Como se fosse o ultimo instante...
De estar vivo no universo
Ainda como amante...
Ainda como amante...
E das marcas de meu destino
Minha vida se alimenta
Sigo buscando em cada curva
A referencia de minha historia...
A referencia de minha historia...
E no silencio de cada fase
E nas tormentas do pensamento
Vou jurando a mim mesma
Que tudo vale a pena...
Que tudo vale a pena...
Se matei ou vai morri,
Se sorrir ou vai chorei...
Se falei e ou me calei
Foi na busca do firmamento.
Albertina Chraim
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