sábado, 29 de outubro de 2011

28.VIVÊNCIA

                                                                           


Que estranha sensação 
Ver escorrer pelas beiradas
Como vela derretida 
Nos candelabros da vila...

Tal qual um campanário
Vou tocando os  sinos
Como quem ainda pagã 
Vou  rezar  no santuário...

Não sei se vai ser curta, 
Ou se alonga minha jornada...

Com suavidades  ou  penitencias 
Vou  deixando o meu  legado...

Com as mãos mesmo pequenas 
Segurando a minha cruz,
Vou vivendo cada instante 
Na busca de um caminho de luz...

Como grande forasteira, 
A viajar por esse mundo
Encontrei  um grande  amor 
Para dividir  o encantamento...

Vou obrando a minha  obra, 
E no meio do romance
Com a paixão já arrefecendo 
Aprendi a diferencia 
Do que  é amor,
Do que  é paixão...

E assim, vou consumindo cada segundo 
Como se fosse o ultimo instante...

De estar vivo no universo 
Ainda como amante...

E das marcas de meu destino 
Minha  vida se alimenta
Sigo  buscando em cada curva
A referencia de minha  historia...

E no silencio de cada fase 
E nas tormentas  do pensamento
Vou jurando a mim mesma 
Que tudo vale a pena...

Se matei ou vai morri, 
Se sorrir ou vai chorei...

Se falei   e ou me calei
Foi na busca do  firmamento.

Albertina Chraim

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