sexta-feira, 28 de outubro de 2011

8. DE TEU AMOR, EU ME RIA



Te vi quando criança,
Não te dei importância...

Lembro quando menina,
Você cuidava de minhas tranças...

E de tuas poesias eu me ria
Por achar que cada palavra
Soava amor apenas de infância...

Quando menino me seduzias
Ao me direcionar tantas flores...

Eu não era tua,
Mas tu me querias...

Amavas-me a qualquer preço,
Mesmo quando eu te esnobava...

Há como eu me ria!
Quando em poesia
Tu dizias que me querias...

Te vi quando adolescente
E ainda descrente
De teu amor eu me ria...

Curtia quando jovem você me dizia...
Menina!
Te amo a qualquer preço,
És para sempre minha amada...

Eu não era tua,
Mas você ainda me querias...

Me amavas a qualquer preço
Mesmo quando eu não te via.

Há como eu me ria,
Quando via em teus olhos
O doce amor que sentias...

Te vejo agora quando grande
E tal qual minha surpresa
Por esse amor ainda lutas...

Não é mais amor criança,
Nem amor adolescente.

É amor de gente grande...
Daquele que a gente sente
Que estar perto ainda é pouco
Por esse amor ser diferente...

Teu sorriso me agasalha,
Teu amor me conforta...

É amor ainda menino.
Que cheio de esperança,
Com ternura e encantamento
Não vês a tempestade
Nem as marcas do tempo...

Esse amor do qual me ria,
Hoje é amor que irradia
Minha paz,
Minha segurança...

Se eu soubesse ainda menina,
Que esse amor era verdadeiro,
Esnobaria menos.
Agradeceria ao universo por este amor,
Ter vencido as colunas do tempo...

E depois de tantos anos,
A me olhar com o mesmo encanto,
De quando eu ainda era menina
A esnobar o teu amor...

E agora por heresia
Sou eu que me encanto
Quando vejo em teus olhos
Que entre tantos amores
Era você a quem a quem eu queria...

Agradeço o teu amor
E nem sei se ainda mereço
Mas te quero a todo instante
Como aquele menino amante.
Cujo amor eu me ria.

Albertina Chraim

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