sexta-feira, 28 de outubro de 2011

11. UM COMETA QUE VIAJOU NA VOZ DO VENTO



Embarcou na voz do vento
Pra chegar ao infinito...
E no timbre do silêncio
Ouviu-se o som de seu grito...

O grito que veio da alma
Soprando nos corações...

Despencando as ribanceiras
Tal qual um cometa
Que passou aqui pela terra...

Como todos os cometas,
Deixou rastros de saudades...

Em sua calda trazia canções,
Poesias e musicalidade...

Tal qual bola de fogo,
Aquecia a humanidade...

Com canções em forma de orações
Cantou a vida,
Espalhou ao homem bom,
A palavra - liberdade...

Como filho pródigo,
Deixou cedo a família,
Correu por esse mundo
Buscando o sentido da vida...

Arrebanhou seguidores
Quando pregava em suas preces
O louvor ao Senhor...

Como pode este homem,
Ter deixando em tão pouca vida,
Tantas lições de amor
Ao cantar em forma de prece
A paz que a humanidade, julgava esquecida?

Mas o cometa que se foi,
Deixou lastros na lembranças
De quem pode com este homem
Compartilhar o sabor da esperança...

Era apenas um cometa
Viajando na voz do vento.


Albertina Chraim

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