No silêncio do universo
Entrelaçam seus destinos...
Vão em busca de si mesmo
Desbravando seus caminhos...
Quando depararem como indivíduos
Ainda sem direção...
Não se percam desta mulher
Que lhes ensinou a lição...
De mulher me fizeram mãe
Deste amor incondicional
A cuidar-lhes em meu ventre
No aconchego do ninho fetal...
Entre amor e sentimentos
De vê-los Seres em evolução
Fica a certeza de que
Morreu a mulher
Mas nasceu a mãe...
Brotou ainda menina,
Em forma feminina
Para embalar as suas sinas...
E das noites que passei em claro,
Acalmando seus prantos
Estava naquele momento
Agasalhando-os com meu manto...
Este manto é sagrado
Por ser amor diferente
De um tipo de Ser que cultiva a vida
Do humano em seu ventre...
Se lhes digo que a felicidade
É algo que não se encontra
É por ter a certeza
Que o maior bem do mundo
É esse sentimento profundo
De ver meus rebentos
Desvendando o segredo do mundo...
Talvez a tal felicidade
Seja o dom da mulher
Exercer a maternidade...
Então sigam seus rumos
Na imensidão deste universo
E na musica que sobrar o vento
Anunciando a saudade
Lembrem-se que a melhor canção,
É o acalanto de quem lhes apresentou o mundo...
Sentiu-os ainda feto,
Guiando-os pela vida,
Os vê agora grandes...
Mas o amor por essas crianças
Que habita em minha memória
É como se o tempo os congelassem
Como meus eternos meninos...
Albertina Chraim
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