sábado, 29 de outubro de 2011

30.FILHOS



No silêncio do universo
Entrelaçam seus destinos...


Vão em busca de si mesmo
Desbravando seus caminhos...


Quando  depararem  como indivíduos
Ainda sem  direção...


Não se  percam  desta mulher
Que lhes ensinou a lição...


De  mulher me fizeram mãe
Deste amor incondicional
A cuidar-lhes em meu ventre
No aconchego do ninho fetal...


Entre amor e sentimentos
De vê-los Seres em evolução
Fica a certeza de que
Morreu a mulher
Mas nasceu a mãe...


Brotou ainda menina,
Em forma feminina
Para embalar as suas sinas...


E das noites que passei em claro,
Acalmando seus prantos
Estava naquele momento
Agasalhando-os com meu manto...


Este manto é sagrado 
Por ser amor diferente
De um tipo de Ser  que cultiva a vida
Do humano em seu ventre...


Se lhes digo que a felicidade
É algo que não se encontra
É por ter a certeza
Que o maior bem do mundo
É esse sentimento profundo
De ver meus rebentos
Desvendando o segredo do mundo...


Talvez a tal felicidade
Seja o dom da mulher
Exercer a maternidade...


Então sigam seus rumos
Na imensidão deste universo
E na musica que sobrar  o vento
Anunciando a saudade
Lembrem-se que a melhor canção,  
É o acalanto de quem lhes apresentou o mundo...


Sentiu-os ainda feto,
Guiando-os pela vida,
Os vê agora grandes...


Mas o amor por essas crianças  
Que  habita em minha memória
É como se o tempo os congelassem
Como meus  eternos meninos...
Albertina Chraim

Nenhum comentário:

Postar um comentário