quarta-feira, 23 de novembro de 2011

60.DE ONDE VEM TANTAS PALAVRAS


Nem mesmo eu sei dizer,
É como se minha garganta
Só soubesse escrever.

De onde vêm tantas palavras
Nem eu mesma sei dizer
É como se meus pensamentos
Se expandisse ao escrever...

Minhas escritas
São palavras não ditas
Que residem em meu corpo
Como inquilino de meu Ser...

Da escrita  faço trovas
E nas trovas desnudo
Minha intimidade...
Exponho-me a maldade...

Se soubessem todos os homens
Que a escrita os liberta
Entenderiam melhor a loucura
Que aos lúcidos tanto atormenta...

Se de poeta e louco,
Todos nos temos um pouco
De escritor quase poeta
Todo homem revela em sua  escrita
As tramas de suas mazelas...

Albertina Chraim

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