quarta-feira, 2 de novembro de 2011

54. MEU PRÓPRIO JÚBILO



 O que é meu
 O que é  do outro
 Convidam-me a uma  reflexão...


 É  como se o  que escrevo
 Fosse  para o nada
 Parece que escrevo
Apenas para  permanecer acordada...


 Isso as vezes,
 Parece-me em vão...


 Parece que falo comigo mesma...


 Em meio a essa ausência,
 Em relação a presença do Outro
 Fica a impressão
 Que faço  escrita
 De minha própria fala...


 De que forma alguém lê  aquilo que escreve ?
 De que forma alguém escreve aquilo que leio?
 Onde é o começo e onde se estabelece o fim ?
 Onde se estabelece o real e onde se firma o imaginário?

 Será que escrevo meu  inconsciente?
 Será que leio minhas memórias?
Meu inconsciente faz cócegas em meu corpo
Que lançam para fora  fragmentos de minha alma...

Qual o grau de compromisso
Que tenho  com minha escrita?
E qual comprometimento que a leitura do Outro
Terá com o que escrevo?

Que faíscas acendem a força de minhas palavras?
O que abrando no outro pode  atormentar outras historias?
Entre o que é meu e o que e do outro,
Ficam  nos registros de minha escrita...

No desejo de reler cada palavras como se elas,
Minhas palavras,
Fosse o refil de meu  próprio jubilo.

Albertina Chraim

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