quarta-feira, 2 de novembro de 2011

49. O QUE DESEJA O HOMEM



E tudo que o homem busca
Nessa sua trilha pela vida,
É conhecer  o Outro,
Que  segura na ponta do lápis as suas feridas...
Na vastidão do azul do horizonte,
Sua historia vai passando, em forma de vento frio..
Em vão ao abismo humano segue refletindo,
Com se diante de um espelho 
Encontrasse um estranho...
Atrás de todas as lendas
Que se tem de um espelho
A única verdade que fica é que
Tudo o que o homem acredita,
Esta em seu espelho refletido...
E o homem segue lutando,
Pelos ideais e as paixões...
Busca a serenidade
Em ânsias de saudades, 
Na essência de sua vida.
Fica a alma abandonada
Pelos escritos que confinavam 
Seus segredos mais profanos...
Espiando pela fresta da vida
Distancia-se do ser humano...
Ao rever os seus escritos
Transpostos  nessa vida,
Numa folha do papel,
O escritor mergulha num lago imenso
Ondulante e transbordante os enigmas de sua historia...
Como um solitário errante.
Pelas andanças dessas trilhas,
Com passadas de esperanças
Vai buscar no inconsciente as razões
De uma sina  doidivana...
E o homem inebriado  do néctar da vida,
Saboreia por meio da escrita 
A essência do existir...
Se tem dor,
É porque tem vida!
Não importa o tamanho das magoas,
As sorrateiras cicatrizes
Perpetuam para que não esqueçamos as feridas...
E a essência de viver
Esta no peso das palavras
Que o homem  escuta 
Já nos primeiros sopros de vida...
Albertina Chraim

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