quarta-feira, 2 de novembro de 2011

55. NA MINHA RUA DE CRIANÇA



Na minha rua de criança
Eu não tinha saída...

Passava as horas a brincar
Sem me preocupar em entender a vida...

Bicicleta monareta
Soltava pipa
Rodava pião...

Brincava de pique esconde
Não tinha medo de ladrão...

Na minha rua de criança
Era mesmo sem saída
Em todo final de tarde nos reuníamos
Na  varanda...

Chupávamos melância
Não tínhamos noção da hora.
Ao ver meu pai cortá-la com miolo,
Dentro de uma bacia...

Na minha rua de infância
Era pura fantasia
Tinha brincadeiras,
Tinha  gargalhadas...

Enterrávamos moedas em latas de leite Ninho
Fingindo ser  um tesouro
Para desenterrá-lo no mesmo dia,
Como se fossemos meninos tolos...

Na minha rua de infância,
Tinha toddy e  figurinha
Jogávamos bafo
Brincávamos de boneca
Subíamos em arvores,
E das folhas fazíamos comidinha...

Na minha rua de infância,
Tudo era muito diferente
Ser tolo era ser simples,
Sentíamos-nos inteligente...

Na minha rua de infância,
Não tinha prédio,
Não tinha nada,
Mas tinha o mais importante   
A liberdade da criançada...

Albertina Chraim 

Nenhum comentário:

Postar um comentário