quarta-feira, 2 de novembro de 2011

45.CON-FINADOS



Para onde vão os corpos...
Que a terra teima e consumir?

Para onde vão as escritas
Que ao papel teima em tingir?

Para onde vão as almas;
Que  o céu teima em abduzir?

Para onde vão os espíritos,
Que o ente teima em persistir?

Para onde vai a essência,
Daquilo que insistimos em redigir?

Se o  corpo cravas na terra, 
Para as bactérias invadir..
Vai a alma para o céu 
Como uma nova aprendiz...


Fica o espírito aqui em vida  
Em forma de essência  ao existir...

Que mistérios há entre a vida e a escrita,
Que confina  a um  ponto, 
Um começo ao  fim?

A dor do partir,
Será diante  do começo 
Ou será diante do fim?      
            
Se em vida temos as duvidas,
Diante da morte temos a certeza...


Que um novo ciclo começa,
Resignificando  o mistério do começo do fim...

Em cada forma de escrita ou de vida
Habita o outro que necessita
Marcar sua permanência
Nos limites da existência...

Vida ou morte
Leitor  ou escritor...
São forma permanentes
De  confinar em cada  escrita,
A essência do autor.

Albertina Chraim

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