Caminhando pelas trilhas,
Com o pé desnudo rente ao chão...
Quando criança,
Com o pé desnudo rente ao chão...
Quando criança,
De pedra em pedra,
Não imaginava que em cada passo
Não imaginava que em cada passo
Havia uma lição...
Ainda pequena a brincar
Pelas matas eu vivia
A correr com as borboletas,
Na busca de fantasia...
Na busca de fantasia...
Se borboletas batem asas,
São brancas, lilases ou azuis,
Eu em minhas fantasias voava com elas,
Como o vaga-lume carrega sua luz...
Como o vaga-lume carrega sua luz...
Quando jovem, era mais estranha,
Essa tal caminhada
Onde no meio do caminho,
Os abandonos eu fazia...
Os abandonos eu fazia...
Já não via nas borboletas
Os matizes das cores
Pois aprendi na adolescência,
Que a vida tem dissabores...
Que a vida tem dissabores...
Entregava-me a refletir
O que era certo ou errado...
Em cada passo que firmava,
Em cada passo que firmava,
Deixava para trás aqueles lindos dias...
Se a infância se afastava,
Se a infância se afastava,
A consciência me desejava....
Forasteira!
Bom dia!
Nessa fase de descobertas,
O que era real ou fantasia
Foram ficando mais evidente...
Quanto mais eu amadurecia,
Menos certeza eu sentia
Daquilo do que eu era capaz,
Ou do que o outro de mim exigia...
Ou do que o outro de mim exigia...
E assim passaram anos,
A viver de incertezas
O que era seguro eu não queria
E a aventura me seduzia...
E a aventura me seduzia...
Então passaram mais anos,
E o mundo foi rodando...
Aprendi que nesta vida,
Aprendi que nesta vida,
Em qualquer direção...
Se não descobrirmos o que é o amor,
Se não descobrirmos o que é o amor,
Não aprenderemos a lição...
O mundo é pequeno,
Porém grande é o humano
Que nos anos de sua vida,
Meio tantas transformações...
Não perde sua essência,
Meio tantas transformações...
Não perde sua essência,
Nem tão pouco a ilusão,
De quando na inocência,
Convivia em harmonia...
A voar com as borboletas,
Convivia em harmonia...
A voar com as borboletas,
Desfrutando os lindos dias...
Sem nenhuma direção
Subia e cada pedra
Alcançava a fantasia...
E agora em outra era,
Sem nenhuma direção
Subia e cada pedra
Alcançava a fantasia...
E agora em outra era,
Outro ângulo e outra esfera
Faz da vida uma espera...
E as coisas que ontem eram importantes,
Faz da vida uma espera...
E as coisas que ontem eram importantes,
Com o tempo foi se perdendo
É o instante em que vivemos.
É o instante em que vivemos.
Se das revoltas eu vivia
E das magoas eram lembranças
De meus pais apenas escondo
Meus segredos de infância...
Os irmãos eram como filhos
Meus segredos de infância...
Os irmãos eram como filhos
Que pensava protegê-los...
Dos amigos tenho o zelo
Dos amigos tenho o zelo
Do prazer em conhecê-los...
Do parceiro agradeço
Nossos preciosos momentos
E do presente que ganhei
Ao nascer nossos rebentos...
Nossos preciosos momentos
E do presente que ganhei
Ao nascer nossos rebentos...
E a Deus agradeço por em meus filhos
Estar meu firmamento...
E agora mais consciente,
Do que posso ou desejo
Numa fase em calmaria
Me dou o peso que mereço...
Me dou o peso que mereço...
Já não falo de auto estima,
Nem se amo ou sou amada...
Apenas consagro nesta vida,
Apenas consagro nesta vida,
O que pra mim foi planejado.
Albertina Chraim
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