quarta-feira, 2 de novembro de 2011

52. ENCLAUSURADA





Imersa no desejo de sair da solidão
Enclausuro-me no manto da escrita...

Vou cantando pelos cantos
Em cada folha morta de outono
Nos caminho já trilhados
Ou nas linhas do horizonte...

Quem sabe, nas marolas do oceano
Ou nas curvas que faz  o vento
Na imensidão do universo
Ou nas  horas  que faz o tempo...

Enclausurada pelo desejo
De vencer a solidão
Me  envolvo da escrita
Que habita a  emoção...

Nesta busca incessante
De encontrar-me comigo
Viajo feito cometa no teu perfume de humano...

Ao exalares tal aroma
Inebrias minha alma
Aprisionas meus instintos...

Me  feres o peito
Tal qual bico de querubim
A roubar o néctar da flor...

Como é doce a certeza
Desta alma enclausura
Ao  acreditar que nesta  vida
Ao  aninhar-me em meus escritos
Vou matar minha saudade....

Albertina Chraim
                                                                    

Nenhum comentário:

Postar um comentário