domingo, 22 de janeiro de 2012

93. ACORDA


Buscas pelos quatro cantos
Como se de ti estivesse distante
A tal liberdade...

Se matas,
Querendo livrar-te,
Atado estará às leis
Sejam elas as dos homens
Ou quem sabe do divino Deus...

Não creia que sentir-se livre
É poder fazer o que deseja...

Pois o que aprisiona o homem
São suas próprias amarras...

Nossos desejos,
Às vezes nos são traiçoeiros...
Atam-nos a tantos erros...

Condenam-nos ao confinamento
Muitas vezes são nossos algozes...

A tal liberdade,
Que o homem tanto busca
Está tão próximo,
Não justificando tantos riscos...

Se roubas o outro,
Cobiçando os seus pertences
Tornas-te refém de tuas decisões...

Por desejar o que é do outro
Condenas-te a ter tudo,
De segunda mão...

Se o outro usurpas
Monopolizando sua direção
Estarás te condenando de novo
Julgando-te merecedor de ser caça
Abatida na prisão...

Se o vicio te retém,
Amarrando-te como cordão
Repense se é esse tipo de liberdade
Que mereces lacrar teu coração...

Então caro amigo,
Vasculhe em teus porões
Encontre aquela semente
Pertencente  a cada humano...

Certamente encontraras
Ainda em fertilização
Em condições de replantares
Para uma nova produção...

Esse é o segundo tempo
Que a vida nos oferece
A repensar se estamos no caminho
De nossa  redenção...

A vida não tem tempo
De nos dar muitas chances
Mas se ela te deu,
Aproveite a oportunidade
E saia dessa prisão...

A busca da liberdade,
Pode levar-te a condenação...

Liberdade é uma condição
De andar com retidão,
Mão matar,
Nem roubar,
Nem privar a vida do outro...

Não cair no julgamento
Nem querer mal ao irmão...

Acorde para a vida
Saia dessa ilusão
O homem já nasce livre
Ao saber fazer a escolha de sua direção...

Albertina Chraim

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