sábado, 14 de janeiro de 2012

83.TAL QUAL FENIX


Durmo todas as noites
A repousar sobre a vida...

Acordo no outro dia
Como ressuscitada a sorrir...

As noites que passo em claro
Pelas fadigas do dia...

São as horas mais sentidas
Como se não acabassem os dias...

Então fico a refletir
Qual o medo da morte...

Se em todas as noites
Arrisco minha sorte...

Ao pregar meus olhos,
Quem vai me garantir...

Se no dia seguinte
Voltarei a sorrir...

Pois o mistério do sono
Que me mata toda noite...

Ainda é um dos maiores segredos
Que assombram minha sorte...

Ao deitar em meu leito
A desligar-me da vida...

Estarei treinando para morte
Mesmo ainda com vida...

Por isso todas as noites
 Oro antes de dormir...

Para poder acordar
No outro dia a sorrir...

Ao ressuscitar
Como Fênix ,
Das madrugadas
Que dormi.

Albertina Chraim

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