quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

69.PSIQUISMO FETAL

Que barulho esquisito,
Nove meses sem parar,
Num lugar apertadinho,
Todo molhado e sozinho,
Em emersão um liquido fertilizante...

E os sons que vem de fora
São conversas sufocadas...

Não é contralto,
Barítono ou  tenor,
É soprano!
Que vai cantar em seu ouvido
O  sentido do amor...

Envolto num saco transparente
Ligado a um umbigo
Começa assim a história
De um sujeito atrevido...

Se, batidas são compassadas
E a voz é de açúcar
Os estímulos positivos
Vão  trazer ao mundo
Um ser tranqüilo...

E assim muito cedo, já se faz filho
A entender a sua mãe...

Se rejeitado esse sujeito,  
Mesmo antes de nascer
Vai chegar a esse mundo
Já sabendo  o que é sofrer...

Vai querer  se isolar
Vai fugir no mundo real
Vai criar  ilusões de que ser feliz,
Não  é normal...

Ao perceber  as sensações
Do mundo aqui fora
Vai forma suas emoções,
Ao registrar sua memória...

Ó  que séria responsabilidade
De lançar-se assim no horizonte
Um sujeito que precisa 
Ser amado e ser seguro...

Vai do feto,
Ao homem velho
Do inocente, 
Ao ser profundo
É no ventre da vida
Que esta escrito o destino do mundo.
Albertina Chraim

Nenhum comentário:

Postar um comentário