segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

175.PENA CAPITAL



Irmãs siamesas
Grudadas pelo universo
Uma dependendo da outra
Como o doce à sobremesa...

Uma!
Apresenta na alma, tantas dúvidas,
A outra!
Disfarçada de vida,
Dá ao homem a certeza...

Se, uma é o começo,
A outra é partida,
Revelando o fim do homem
Disfarçando em despedidas...

Se a vida teme a morte,
A morte ceifa a vida...

Vida!
A faceira, cheia de sorte,
A outra!
Ardilosa, finda o Ser em seu leito de morte...

Se a existência revela,
A união dessas duas,
A vida condena o homem
A chegar ao apogeu
E como penitencia,
A Pena capital...

Se, para a vida é preciso pensamento,
Para a morte, basta o passamento...

Chegada e partida,
Inicio e final...

É assim que culmina a existência
De qualquer mortal.


Albertina Chraim

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