quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

165. OSCAR NIEMEYER



Esculpiu no concreto

As marcas de seus traços
Valorizando as curvas da mulher
Com prancheta e compasso...

E tantos  arranha céus
E das obras espalhadas
Deixou o seu legado...

Renegou-se aos 100 anos
Mas viveu muito mais...

Mesmo dizendo que a vida não  é justa,
Buscou viver cada vez mais...

Suas obras  planetárias
Como quem a buscar o espaço
Permanecerão sempre vivas...

Nas curvas de seus projetos,
Imitava o horizonte que contorna a natureza...

Transpôs para o papel
O que entendia por beleza...

Edificou suas obras
Como a  buscar  na irreverência
A visibilidade mais perfeita...

Não morreu este homem,
Sem que deixasse em seu  traçado
Em linhas retas ou curvilíneas
A prova, de por aqui ter passado...

Veio e nos disse em forma de  arquiteto
Que é possível revelar a alma e o molejo
Na frieza do concreto.

Albertina Chraim

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