quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

110. O PESO DA PENA


O  peso da pena,  pode ser  maior
Que o valor das palavras que fixam os no papel,
Em forma de  sonhos,
Desejos,
Ou segredos ,
Que figuram muitas vezes em forma de
Versos,
Ou canções,
            Nas redações,
Ou nos textos que foram  escritos...

            Por que escrever,
Por que ler,
Para onde vão as historias que o autor  teima em  perpetuar no papel?
Como apropriar-se de um pensamento em forma de escrita?

De onde vem esse poder de invadir o espaço do Outro,
Soprar em seus ouvidos em forma de silêncio –
Que ressoam como gritos –
A sua voz de escritor?

Se é a escrita que faz do homem o proprietário de sua historia,
Por que é tão difícil para este mesmo homem  escrever?

Seria a dificuldade da escrita,
Ou quem sabe a da sua própria historia?

Parece ser a escrita,
A forma inconsciente de viajarmos por  nossa razão,
Quando muito além das palavras e dos gestos
Significamos com símbolos nossas emoções...

Não podemos comparar a escrita
Com a forma da fotografia que
Fixa no  porta  retrato a imagem da alma humana...

Mas é a escrita, a senhora do poder de ler agora,
E  ler muitas vezes depois.
Ler sozinho,
Ou ler com alguém..
.
De uma forma,
Ou quem  sabe,
            De várias formas a dois...

A  escrita é o  inventário dos pensamentos,
Uma  forma de comunicação que perpetua ao longo dos anos,
Sofrendo  muito mais com a ação dos homens
Do que com a própria ação do tempo,

Albertina Chraim








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