terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

107. LEITOR ESCRITOR


Na firmeza de cada traço
Ouso reescrever os enigmas que desvendaram
O segredo de minha vida...

Escrita e leitura
 Não podem estar afastadas
Da essência do meu Ser leitor...

É a escrita a lei capaz de libertar
Ou condenar a humanidade...

Assim, raia nas linhas do papel
 O primeiro marcos do escritor...

Começa num simples imitar,
Vai do rabisco até as garatujas
De quem sabe um dia, futuro escritor/leitor. .

Escrever é a sina de cada civilização
 Na ânsia de deixar marcas
Da historia de cada povo...

 Escritor-leitor transforma o hábito da leitura
 Em criação de sua escritura...

É impossível pensar no ato de escrever
 Sem a condição de ler,
Pensar,
Analisar,
 Refletir,
Sintetizar e autorizar-se a devanear
A prática das palavras no papel...

O hábito de ler revela o ‘desejo do Outro’,
De ouvir as palavras não ditas,
Os pensamentos ocultos e a interpretação
Das histórias não contadas...

Portanto, não basta a leitura escrita,
 É necessário haver a capacidade do escritor
Em despertar o desejo revelador
 Para que sua própria arte fixe na história. .

A arte de escrever contagia de forma contextualizada
O suavizar ou até mesmo o potencializar
Das questões que envolvem a vida...

Essa arte pode nascer da figura de um mestre
Capaz de dar vida ao Outro,
Despertando nele, o recordar dos sonhos
Que permanecem intocados
Nas artimanhas do inconsciente,
Até a sofrida decisão de desenhá-los em forma de escritas
 Numa folha papel –
Ou na tela aberta –
Os traços de sua existência...

O hábito de ler as palavras não ditas,
Os pensamentos ocultos
E as interpretações das histórias não contadas
Faz do escritor o criador
De sua própria obra.  

Albertina Chraim

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