E o sono, que não bate a minha porta,
Faz-me refletir,
Por que quando tudo em silencio,
Afasta-se de mim...
Já tarde foi-se o dia
E a noite se apresenta,
Mas não trouxe consigo o sono
E a solidão me atormenta...
Viro para o lado
A ajeitar-me na cama
Mas, os olhos já não fecham,
Resistindo a insônia...
Já tarde,
Altas horas,
Não consigo dormir...
E como se a madrugada
Estive a desejar-me acordada,
Para amanha bem cedo
Derrubar-me na calçada...
Não sei o que fazer
Para não resistir,
Se levanto, me perco
nas horas,
Se fecho meus olhos, não
consigo dormir...
Ponho-me a escrever,
Como forma de ninar-me,
Para poder fechar os olhos
E a noite apagar-me...
Insônia,
Sai de mim!
Deixe-me dormir!
Pois preciso agora cedo
Minha vida prosseguir...
A vida toda dorme,
Deixando-me em silencio,
Como se, as horas acordada
Revelasse-me o mistério
Que há nas madrugadas...
Já é tarde,
Quase amanhecendo,
Quem dera agora eu possa
Fechar meus olhos e dormir.
Albertina Chraim
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