sexta-feira, 31 de maio de 2013

206. INSONIA






E o sono, que não bate a minha porta,
Faz-me refletir,
Por que quando tudo em silencio,
Afasta-se de mim...

Já tarde foi-se o dia
E a noite se apresenta,
Mas não trouxe consigo o sono
E a  solidão  me atormenta...

Viro para o lado
A ajeitar-me na cama
Mas,  os olhos já não fecham,
Resistindo a insônia...

Já tarde,
Altas horas,
Não consigo dormir...

E como se a madrugada
Estive a desejar-me acordada,
Para amanha bem cedo
Derrubar-me na calçada...

Não sei o que fazer
Para não resistir,
Se levanto,  me perco nas horas,
Se fecho  meus olhos, não consigo dormir...

Ponho-me a escrever,
Como forma de ninar-me,
Para poder fechar os olhos
E a noite apagar-me...

Insônia,
Sai de mim!
Deixe-me dormir!
Pois preciso agora cedo
Minha vida prosseguir...

A vida toda dorme,
Deixando-me em silencio,
Como se, as horas acordada
Revelasse-me o mistério
Que há nas madrugadas...

Já é tarde,
Quase amanhecendo,
Quem dera agora eu possa
Fechar meus olhos e dormir.

Albertina Chraim

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