sábado, 25 de maio de 2013

205. NA CURVA QUE FEZ O VENTO



E na curva que fez o vento
Nas alças de  minha vida...
Atou-me na saudade
De uma alma desconhecida...

Veio em forma de sopro
A abonar-me como brisa,
Exalando seu perfume
De deusa em despedida...

Mal tive tempo
De pedir-lhe o nome,
Pois saiu em disparada
Como quem quer pegar
A própria vida...

E saiu assim,
De mansinho
Da mesma forma que chegou
Deixando em meus faros
O perfume do amor...

E agora fico aqui
A espera de uma nova brisa
Na esperança que ela volte
Mesmo que seja
Para uma próxima despedida.


Albertina Chraim

Nenhum comentário:

Postar um comentário