domingo, 17 de fevereiro de 2013

190. A IRREVERENCIA DE MENINO



E ele era assim,
Meio louco,
Desses de se jogar pedra...

Sua irreverência
Muitas vezes  o fazia trocar as portas,
Pelas  janelas...

O menino foi crescendo,
Assustando muita gente...

E com ele, sua vida
Resumia-se em tormentas...

Para que tanta sabedoria
De verdades as vezes impostas,
Se diante dos fatos
Não sabia encontrar a porta?

E o tempo impiedoso,
Sem dar-lhe  muita chance
Foi descobrindo sua pele
De cordeiro ainda manso...

E agora já mais velho,
De irreverente pouco  tem.
Apenas busca  ser entendido
Da forma que lhe convém...

Deitado  em sua cama
A pensar o que lhe faltou
Ao encontrar-se ainda cru
Na busca do amor...

Acorde menino!
Simplifique tua vida!
Não precisas de irreverência para encontrar
O que esta tão perto,
Muitas vezes ao teu  lado
Guiando-te nos desertos...

Repense esse teu jeito cigano
De contrariar todas as leis
Neste universo de humanos...

Agora ainda há tempo
De assentar-te nesta vida
Na busca do firmamento...

Todo homem nasceu para ser domando
Mesmo o maior irreverente
Que se nega nesta vida
Sentir-se  civilizado...

Albertina Chraim

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