quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

186. O TEMPO



O tempo passou,
Como quem passa de repente...

Foi como se, viver para o tempo,
Você algo indiferente...

A urgência se fez
Sem me pedir licença...

Passaram-se tantas coisas
Deixando a saudade
De algo que parecia presente...

E de repente o tempo ficou no passado
Como a revelação de um amigo oculto,
Que acaba de ser revelado...

E de repente o tempo ficou mudo
Como quem planta
Uma semente...

Fincando na terra  apenas a esperança
De ver germinar outras sementes...

E o tempo que a todos engana,
Com sutileza saiu à francesa...

Deixou tantas marcas em meu corpo,
Como forma de marcar território
Por sua presença.

Albertina Chraim

Nenhum comentário:

Postar um comentário