segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

188. CONVERSA ENTRE AMIGAS


Perguntas-me o que penso de ti
Com se me fosse fácil definir!

Não tenho muita clareza
De como te conheci...

Parece que já nascemos juntas,
E que nunca estivesses longe de mim...

Tua face, nunca me foi estranha,
Teu jeito, nunca me foi desconhecido...

Parece que já te conheço de longas datas,
Como se fossemos passageiras do mesmo coletivo...

Então querida amiga,
Gosto do jeito que tu és...

As vezes, tão doce como o favo de mel
Que de tanto açúcar, deixa um gosto de fel...

As vezes tão cruel,
Que de tantas incertezas deixa-me
O sabor da pureza...

Meu gostar é sincero.
Te gosto assim mesmo como és...

Sem precisar maquiar-te
Para disfarçar
Teus mistérios...

Assim nos completamos,
Nessa caminhada da vida,
Sem nos cobrar uma da outra...

Quando sou sol,
Talvez você, lua...

Quando vestida,
Talvez me encontres nua.

Quando te calas
Ponho-me a escrever...

Damos-nos a certeza,
Que mesmo com tantas diferenças
Nossa amizade continua...

Então não me perguntes
Aquilo que não sei dizer...

Meus sentimentos são tão nobres
Que mesmo que peques
Ponho-me a te defender.

Quando anoiteço ,
Você madruga...

Quando escreves em linhas retas,
Eu escrevo de cabeça para baixo
Na tentativa de revirar as palavras...
E por meio delas te dar o meu abraço.

Albertina Chraim.




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