domingo, 30 de março de 2014

260. (.), (...)



Definir-me,
Para começar-me do fim,
Ou quem sabe,
Terminar-me ainda, mesmo que em tenro começo...

Destruir-me,
Quem sabe para que, no meio dos escombros
Eu encontre algo que me reaproveite...

Mirar-me,
Com um novo olhar
Ainda com a ilusão
Que ao piscar meus olhos eu me reconheça...

Acentuar-me em uma curva
Quem sabe, numa reta sem chegada...

E numa vida acentuada
Encontrar-me no inicio do fim,
Ou quem sabe no fim da chegada.

Ao atar-me nestas quebradas,
Esbarro-me em meus movimentos
Impulsionados por minha alma...

Que no imediatismo de meus anseios
Estagna- me em tantos recomeços
Na busca de mim mesma...


Às vezes
Reticências.
Noutras vezes,  apenas final,
Numa ponte entre vírgulas,
Aonde somente a morte neste plano
É o terminal.




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