terça-feira, 11 de março de 2014

255. A PONTE



Estruturada na coluna do tempo
Mesmo com seus ferros corroídos
É majestoso monumento!

Passo ao seu lado tantas vezes,
Larga-me um belo sorriso
Como a que cortejar-me
Por ter me servido...

Vaidosa, pousa para tantas fotos
Iluminadas pelo por do sol
Desejando boas vindas
Mesmos com teu surrado vestido...

Em segredos, guarda histórias
De um povo agradecido.
Quem já pisou em suas estruturas
Jamais terá esquecido...

Embora doente,
Faz-nos voltar ao tempo
A resgatar as histórias
Registradas em forma de monumento...

E ela, altiva se faz
Unido a ilha ao continente
Que solitária é guardada
Na memória de tanta gente...

Em cima, as gaivotas
Paridas em suas hastes
Tão solitárias, quanto,
Decorando nossa paisagem...

Embaixo, as ondas,
Às vezes apenas marolas,
Impulsionam os barcos
Na vastidão do mar...

E ela, majestosa,
Aproximando tantos continentes,
Não cabe nesse momento
Pela omissão dos homens
Sua vida abortar...

Se, ferros estão corroídos
As estruturas inseguras,
É hora de rever os projetos...

Não podemos apagar os velhos
Por seus ossos estarem em ruína
Pois num tempo como hoje
É a o amor que determina...

Podemos seguir os exemplos
De tantas outras histórias...

De irmãs medievais
Espalhadas pelo mundo
Que pela conservação resistiram ao tempo
Como cartões postais...

Compondo as novas gerações,
Cabe apenas a cultura
De um povo a não confundir,
O desgaste do tempo,
Com o descarte em sepulturas...

Sua identidade depende de homens bons
A preservar este monumento.
Não é apenas um cartão postal
Para embelezar nossa terra,
Mas, a parte de toda uma história
Que este povo alimenta...

Não pode um patrimônio histórico
Ser tombado pela ignorância
E ser motivo de tantos conflitos
Envolvidos por ganância.

Suas torres já nem tão jovens,
Elevadas de blocos de coragem
Suas pistas de rolamento
Seus cabos de sustentação...

São estruturas necessárias
Para manter qualquer edificação...

E as irmãs medievais que resistem a qualquer tempo
Espalhadas pelo mundo
Podem nos servir de exemplo.

È possível resgatá-la
Sem sucumbir-se ao descaso
Como pórtico de nossa chegada
Este majestoso monumento.

Albertina Chraim

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