sábado, 15 de março de 2014

258. O MEDO E A RAZÃO



O medo e a razão
Resolveram fazer uma acarearão...

Um falava de seus medos
O outro falava de suas razões...

O medo então afrontado
Se sentido um bicho papão...

Abriu suas janelas
Deixando entrar um pouco da razão...

A razão então soberba
Dona de todas as verdades...

Olhou pra a fragilidade do medo
Como se fosse ela,
A salvação da humanidade ...

E a razão, então assustada,
Não sabia se daria conta
De tanta insegurança...

Pois aprendeu a raciocinar
Apenas em cima do que 
Trazia-lhe segurança...

E o medo e a razão
De almas desarmadas,
Livres de anseios
E de decisões acertadas,
Seguiram aquela conversa...

Falaram sobre muitas coisas
De segredos, e sobre a própria vida,
Falaram das dores da alma
E das curas de tantas feridas...

Os dois agora amigos,
A tricotar sobre a vida,
Chegaram a conclusão...

Não há razão que desconheça seus medos
Nem há medos que desconheça suas razões..

A razão por sua vez, tentando refletir um pouco mais
Percebeu que por de trás sua exatidão
Há um anseio enrustido de perder a direção...

E o medo fechou-se em silêncio
Refletindo em suas razoes 
Que por de trás de seus anseios há o desejo de segurança...

Então o silencio se fez mudo
Entre o medo e a razão...

Passaram refletir
Qual a diferença entre o que é complexo e o que é complicado...

Com certeza esse tema,
Deu pano para outra reflexão.

Albertina Chraim

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