quarta-feira, 31 de julho de 2013

222. REINVENTAR-SE


E ele voou alto,
Alcançando o infinito...

Perseguiu seus sonhos
Libertando-se dos juramentos,
Negando-se aos vôos rasantes...

Determinou seu destino,
Recriando a própria historia...

Voou bem mais alto
A escalar a dimensão...

Quebrou sua natureza
Revolto entre as barreiras...

Nem pelicanos, nem corujas,
Nem falcões ou albatrozes...

Voou em pensamentos
Afastando-se do bando...

Escalou os céus,
Na busca de sim mesmo...

Não encontrou limites
Nem temeu a estrada...

Voou varando as noites,
Enfrentando as madrugadas...

Compreendeu então,
A extensão de sua jornada,
Ao voar mais alto que o bando
Chegou bem perto do aqui e do agora...

E no sonho de liberdade
Foi além do próprio corpo...

Eis que ao olhar o horizonte
Desapegou-se de suas crenças
Reinventando-se de novo.

Albertina Chraim

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