sexta-feira, 26 de julho de 2013

220.SEM COMEÇO E SEM FIM



Em minhas retas quase tortas
Deslizo meus escritos
Em forma de prosa...

Reversos de meus pensamentos
Quase sempre tão secretos,
Por meio das palavras
Encontro-os,  tão expostos...

Nas esquinas de minhas escritas
Deito-me sobre a vida
Descrevendo os sonhos
Como se fossem pipas coloridas
Deslizando no céu...

E a lua derretendo-se em mel
Desfila entre as estrelas na imensidão do céu,
Navegando em alto mar
Com um barquinho de papel...

E essas retas quase tortas
Descrevem parte de mim
Como se fosse o Eu,
Algo sem começo,
Algo sem fim...

Albertina Chraim



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