domingo, 23 de junho de 2013

212. POVO BRASILEIRO


E as feras feridas
Protegeram suas crias,
Rebelando-se em desordens
Naquele fim de dia...

Não era nem tão tarde
Que pudessem ofuscar-lhes
O brilho...

Mas o povo veio a forra
Como quem crava-lhes ao peito
Um punhal de consciência
Na busca da cidadania...

Não se calaram as vozes
De toda uma nação...

E emudeceram
Os senhores
Escravagista da população...

Feitores,
Tiravam-lhes os leitos
Da saúde...

E cruéis rasgavam
A cartilha da educação...

A segurança era a chibata,
As trincheiras,
O próprio cidadão...

E embora ainda jovem
O povo joga-se ao chão
Para separar o joio do trigo
E diferenciar o que é confusão...

Foi assim naquele dia
O marco de nossa historia...

Não se fala desse ou daquele,
Dos que precisam ir embora,

Apenas  estavam na busca
De um futuro com mais gloria...

Sem que usurpem nossos direitos
Ou subestime nossa razão...

Não foram  os nobres que foram a luta
Como escudos de seu  país
Foram todos os Brasileiros
Que buscaram um pouco de paz...

Se a desculpa foi o passe livre,
Temos que agradecer,
Foi diante de tal movimento
Que o gigante despertou,
Para um novo amanhecer...

Não deixemos que morra
Essa dita confusão.
Em meio ao caos
Talvez encontremos a solução...

Não há promessas que se sustente
Se não haver mudanças,
Abrindo o caminho
Iniciante de uma nova era
Para a releitura da Constituição...

Toda luta é inglória
Se passivo for seu povo...

Estar de volta as ruas,
Não pode ser rebelião.
Vamos hastear nossas bandeiras
Como que pisa firme ao chão...

Não  deixemos que se calem
Os anseios desse povo,
Que tem direitos humanos
Fundamentados  na liberdade de expressão...


Albertina Chraim

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