terça-feira, 15 de janeiro de 2013

178. ALGO ARBITRÁRIO



Quando verso sobre a palavra felicidade
O sabor e de ninguém...

Por não  poder mensurar
O significado que ela tem...

Se para uns basta um botão de rosas,
Para outros há de ter juramentos...

Há quem diga,
Que ela depende de milhões...

Mas sabemos quem em alguns lugares
Bastaria um quinhão...

Há quem a encontre num livro,
Mas há quem a procure num jardim...

Há quem a busque no silêncio,
Há quem a encontre na multidão...

Esse sentimento é mesmo assim,
Algo arbitrário...

Se para alguns o pouco parece muito,
Para tantos o muito pode parecer pouco...

Beijando as palavras,
Que se aproximam de meus lábios,
Vou versando pela vida
Revelando meus traçados...

Se,  para alguns a natureza é morta,
Para outros a beleza é o que importa...

Senti-la é algo realmente imensurável
Depende muito mais do que se quer,
Do que aquilo que acreditamos ter alcançado...

Não busques a felicidade
Como se ela fosse algo a ser encontrado...

Pois ela não  é como um tesouro
Que precisa ser garimpado...

Se esperas depender de alguém
Presentear-te com a tal felicidade,
Podes correr o risco de viver triste
Sozinho e abandonado...

Pois a felicidades é um  simples estado de espírito
Que nos ensina a sublimar
Nossos desagrados...

Albertina Chraim




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