segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

177.FÊMEA DESUMANA


Que Misteriosa essa mulher
Que do corpo nem precisa…

Transforma a beleza mais eterna
Em algo banal, sem vida…

Que misteriosa, feminina
Que nem identifica…

Quem foi pobre,
Quem foi rico…

Quem chegou,
Ou quem está de partida…

Até a tal identidade,
Que em vida tem seu apego,
É jogada por terra as digitais,
Perdendo sua importância... 

Não poupa o homem,
Que em vida fez heranças…

Nem tão pouco reconhece
O individuo sem abastança...

Essa fêmea,
Desumana,
Que nunca teve dó…

Desvaloriza tudo que é ouro
Transformando a vida
Em pó…

Divindade das trevas
Em forma de esqueleto
Chega armada de foice
E a todos deixa medo…

Para aonde leva a alma
De forma tão rapina,
E muitas vezes súbita
Ligeira repentina?


Albertina Chraim

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