Encontro-me com o tempo,
Em questão de segundos,
Ao mirar-me feito espelho
Caminhante pelo mundo...
E nas linhas de tantas cidades
Entre o antigo e a modernidade...
No clarão do dia,
A meia luz,
Ou no olhar noturno...
Cada chão em que piso
Encontro-me com o inusitado...
Rebobinando-me em horas
Enroladas no passado...
E de minhas janelas,
Olhando-me para dentro...
Observo-me na platéia
Como nas grades de um detento...
Os tantos momentos do avesso
Passando por essa tela...
Alguns sorrisos
disfarçados,
Outros tantos
escancarados...
E assim, por
alguns segundos
Retorno ao túnel
do tempo...
Revivendo o que
senti,
E o que havia
sublimado...
É tudo tão engraçado,
Parece-me não ser
eu...
E entre o tempo
e o espaço,
O aqui e o agora,
A verdade e a
mentira,
A ligeireza e a
demora,
Há tantas lacunas...
E me dou conta,
Somente agora.
Albertina Chraim
Nenhum comentário:
Postar um comentário