sábado, 22 de fevereiro de 2014

251. RESILIÊNCIA



Um fino grão de areia
Indefeso na rua...

Encontrou-se com o vento
Em tempestades nuas e cruas...

Desumano e malvado,
Derrubando tudo que via...
Transportava o grão de areia
Em suas ventanias...

E o pequeno a perder-se
Assim como seus outros irmãos...

Reviravam-se nos cantos
E juntos davam-se as mãos...

Era assim todas às vezes
Que a tempestade se anunciava...

Voando as areias
Como se elas tivessem asas...

E o tempo foi passando,
E as areias naquele canto
Acumulavam-se...

De repente se observa
Que naquele amontoado
Uma pedra firme e forte
Já havia se formado...

E assim as edificações
Começaram a surgir
Depois que um simples grão de areia,
Firmou-se em suas andanças...

Nem o vento entendeu
Aquela  construção...

Mas, ficou claro que depois tempestade
A vida se acomoda...

E o sofrimento já nem tão eminente,
Abre espaço para a reconstrução.

Albertina Chraim









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