domingo, 18 de agosto de 2013

224. ESCREVENTE DA PRÓPRIA VIDA


E ela subiu a montanha
Como quem revê o tempo...

Depois de longa jornada,
Caminhando em tarde fria...

Chegou ao pico,
Revendo a própria trilha...

Ao mirar-se bem lá longe,
Encontra a ilusão,
Num tempo de fantasias...

E quando então se aproxima,
Retoma a infância em suas mãos...

Manipula poucos brinquedos, 
Reinventa as brincadeiras,
E depois que acordada,
Dar-se conta que era tudo ilusão...

E ela assim se ajeita,
Naquele alto da montanha
As voltas com a imensidão...

Um olhar, mais alem,
Vê a juventude brincando com a esperança
De um dia ser gente grande 
Desbravando os continentes,
E depois volta pra casa,
Como se nunca estivesse ausente...

Porem naquele mesmo horizonte,
Volta a se perde no tempo...

Ao contemplar a distancia,
Olhando-se um tanto mais próxima
Depara-se com a própria vida
Diante de si,
Bem perto,
Agora á sua frente...

Corteja cada segundo,
Como se nunca houvesse pecado,
E assim anoitece sem saber
Se é noite,
Ou se é dia...
 
E em questao de segundos,
Cria asas e sai voando,
Planando por tantas historias
Que compuseram a sua vida...

E do alto daquele topo...
Contemplando a sua existência...

Ela vê tanta gente,
Escalando aquela montanha...

E ao enxergar-se no pico
Mira-se,
Escrevente da própria  vida.



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